A música, com seu poder de unir e inspirar, é o centro de um projeto que promove inclusão social e empoderamento de pessoas com deficiência. O “Concerto do Bem”, iniciativa do Instituto Olga Kos, reúne talentos únicos em apresentações que celebram arte, diversidade e superação. Nesta quinta-feira, 28 de novembro, o espetáculo “Concerto do Bem III – Notas e Harmonia” será realizado no Memorial da América Latina, em São Paulo, destacando o potencial transformador da música na construção de uma sociedade mais inclusiva.
O Instituto Olga Kos e sua missão inclusiva
Criado em 2007 por Wolf Kos, o Instituto Olga Kos nasceu do desejo de proporcionar integração social por meio da arte e do esporte. A ideia surgiu após uma experiência de vida transformadora vivida pelo fundador. “Aprendemos pelo amor ou pela dor. Eu aprendi pela dor”, relembra Wolf, que superou graves complicações cardíacas e decidiu dedicar sua vida a ajudar o próximo.
Inspirado por uma novela que retratava uma personagem com síndrome de Down, Wolf idealizou uma iniciativa que promovesse a inclusão de pessoas com deficiência e em situação de vulnerabilidade. Hoje, o instituto impacta milhares de vidas, com atendimentos em São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro, demonstrando o poder da arte na transformação social.
‘Concerto do Bem’: inclusão através da música
Entre os muitos projetos do instituto, o “Concerto do Bem” se destaca ao usar a música como ferramenta de integração. O espetáculo conta com apresentações de orquestra, coral e solos performáticos, protagonizados por participantes das oficinas culturais do instituto.
Este ano, o evento será liderado pelo maestro Nailor Proveta e contará com o apoio de arte-educadores do Instituto Olga Kos e da Escola de Música do Parque do Ibirapuera. Além de entreter, o projeto dá visibilidade às habilidades artísticas de pessoas com deficiência, promovendo inclusão e reconhecimento social.
Histórias de superação e talento
Entre os destaques do concerto está Márcia de Castro Sá, de 40 anos, que enfrentou desafios causados pela paralisia cerebral e visão subnormal. Há 15 anos no instituto, Márcia é um exemplo de determinação. “Canto desde criança. Mas no instituto aprendi que não tenho limites para chegar onde eu quiser. Ainda quero ser uma cantora profissional”, compartilha ela, que emocionará o público ao interpretar “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes.
Outro participante ansioso pelo evento é Pedro Henrique Siqueira, de 29 anos, baterista e artista que encontrou na música e no grafite uma forma de expressão. “Pedro tem síndrome de Down, mas a arte abriu muitas portas para ele. Hoje, ele melhorou muito a socialização e a fala”, destaca Valéria Siqueira, mãe de Pedro. Quando questionado sobre o que sente em relação ao concerto, Pedro respondeu: “Não, mãe. Eu tô feliz”.
Transformando vidas com arte
O impacto do “Concerto do Bem” vai além do palco. A iniciativa reforça a importância de criar espaços de inclusão e oportunidades para que pessoas com deficiência mostrem suas habilidades e conquistem novos horizontes.
O espetáculo não apenas celebra a música, mas também as histórias de vida de seus participantes, mostrando como a arte pode superar barreiras e construir uma sociedade mais justa e inclusiva.
Serviço
Evento: Concerto do Bem III – Notas e Harmonia
Data: 28 de novembro (quinta-feira)
Local: Memorial da América Latina, São Paulo
Horário: A partir das 19h
Fonte: Estadão