Entre 2022 e 2023, o Ceará deu um passo importante na inclusão de pessoas com deficiência (PCDs) no mercado de trabalho, com a contratação de 2.433 novos profissionais. Em reconhecimento ao esforço de empresas que se destacam nesse processo, o Governo do Estado entregou o selo “Empresa Completa, Empresa que Inclui” a 15 organizações que mais se empenharam na inclusão. A iniciativa não só homenageia essas empresas, mas também fortalece a política de inclusão social e o cumprimento da legislação vigente, como a Lei 8.213/91, que obriga a contratação de PCDs e reabilitados nas empresas.
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O reconhecimento do governo: Selo “Empresa Completa, Empresa que Inclui”
A cerimônia de entrega do selo ocorreu no Palácio da Abolição, no dia 27 de novembro de 2024, e contou com a presença de autoridades como a vice-governadora Jade Romero e o secretário do Trabalho e Desenvolvimento Social, Vladyson Viana.
Durante o evento, foram celebradas as 15 empresas que mais contribuíram para a inclusão de pessoas com deficiência, refletindo um compromisso com a diversidade no ambiente de trabalho. A vice-governadora destacou o impacto positivo da inclusão de PCDs na economia, ressaltando que as ações do Governo do Estado colocam o Ceará como o segundo estado que mais emprega pessoas com deficiência no Brasil, atrás apenas do Paraná.
Empresas que se destacam na inclusão de PCDs
As empresas premiadas com o selo incluem grandes nomes como Assaí Atacadista, Coopershoes Calçados, Dakota Nordeste, Faculdade Unichristus, e Supermercado Cometa, entre outras.
Esses empreendimentos não apenas cumprem a legislação, mas também promovem um ambiente inclusivo que possibilita o crescimento e a inserção de PCDs no mercado de trabalho.
Para o fundador da Pague Menos, Deusimar Queiroz, a integração de PCDs ao mercado de trabalho é uma questão de reconhecimento e valorização do potencial humano. A empresa visa alcançar até 6% de sua força de trabalho composta por pessoas com deficiência até 2030, reforçando seu compromisso com a inclusão.
Impacto econômico e social da inclusão
O programa de inclusão no Ceará tem demonstrado resultados positivos não apenas para as pessoas com deficiência, mas também para as empresas e a economia local. De acordo com os dados apresentados, desde 2011, mais de 16 mil trabalhadores com deficiência foram integrados ao mercado de trabalho no estado, com a participação de 623 empresas, engajadas na inclusão de PCDs em diversos setores.
A responsabilidade social das empresas vai além do cumprimento da lei; trata-se de uma mudança cultural que reconhece o valor da diversidade e promove uma inclusão real, não apenas numérica. As políticas de cotas, como as promovidas pelo Governo do Estado, têm sido essenciais para garantir que as pessoas com deficiência possam acessar melhores salários, oportunidades de desenvolvimento e, principalmente, a autonomia financeira.
O papel das empresas na construção de uma sociedade mais inclusiva
As empresas desempenham um papel fundamental na construção de uma sociedade mais inclusiva, pois suas ações têm o poder de impactar diretamente a vida de diversas pessoas, principalmente aquelas que enfrentam barreiras sociais e econômicas.
Ao adotar práticas de inclusão, seja no ambiente de trabalho, seja em suas políticas de atendimento ao cliente, as organizações não apenas promovem a diversidade, mas também contribuem para a redução das desigualdades.
Vale ressaltar que a inclusão empresarial vai além de garantir acessibilidade e igualdade de oportunidades; ela envolve criar uma cultura que valorize as diferenças e permita que todos se sintam parte de um sistema coletivo e justo.