A vacinação contra a Covid-19 no Brasil passará por uma reformulação em 2024. O Ministério da Saúde anunciou a inclusão de idosos e gestantes no Calendário Nacional de Vacinação, além de alterações no esquema de imunização infantil e a adoção de novos imunizantes.
A nova estratégia visa reforçar a proteção de grupos prioritários e otimizar a logística de distribuição das vacinas. Entenda o que muda para idosos, crianças e demais grupos prioritários no novo calendário vacinal.
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Principais mudanças na vacinação contra a Covid-19
As alterações no esquema de vacinação incluem a aplicação de doses periódicas para idosos, gestantes e crianças. Veja o que muda para cada grupo:
Idosos e gestantes ganham prioridade
- Idosos: Pessoas com 60 anos ou mais receberão uma dose de reforço a cada seis meses, independentemente de quantas doses anteriores tenham tomado.
- Gestantes: As gestantes passam a ser incluídas no Calendário Nacional de Vacinação e deverão receber uma dose de imunização contra a Covid-19 a cada gestação.
Esquema vacinal para crianças
O esquema vacinal para crianças de 6 meses a menores de 5 anos será atualizado para incluir três doses da vacina da Pfizer. O intervalo entre as doses será o seguinte:
- Entre a 1ª e a 2ª dose: 4 semanas;
- Entre a 2ª e a 3ª dose: 8 semanas.
Crianças que começaram a imunização com a vacina da Moderna deverão concluir o esquema de duas doses do mesmo imunizante, com intervalo de 4 semanas entre as aplicações.
Grupos prioritários que terão vacinação garantida
Além de idosos, gestantes e crianças, o Ministério da Saúde garantiu a vacinação periódica para diversos outros grupos que têm maior risco de complicações da Covid-19. Os grupos prioritários incluem:
- Pessoas imunocomprometidas – Dose a cada 6 meses;
- Pessoas vivendo em instituições de longa permanência – Dose anual;
- Indígenas e comunidades tradicionais (ribeirinhos e quilombolas) – Dose anual;
- Pessoas com deficiência permanente – Dose anual;
- Trabalhadores da saúde – Dose anual;
- Pessoas com comorbidades – Dose anual;
- Pessoas em situação de rua – Dose anual;
- População privada de liberdade e funcionários do sistema prisional – Dose anual;
- Adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas – Dose anual.
O objetivo é garantir uma proteção contínua e minimizar o risco de surtos nas populações mais vulneráveis.
Imunizantes disponíveis na rede pública
O Brasil contará com três vacinas principais para garantir a imunização contra a Covid-19 em 2024. Cada uma delas atende a faixas etárias e condições específicas:
1. Comirnaty (Pfizer)
- Público-alvo: Toda a população a partir de 6 meses de idade.
- Esquema vacinal infantil: 3 doses para crianças de 6 meses a 5 anos.
2. Spikevax (Moderna)
- Público-alvo: Pessoas a partir de 6 meses de idade.
- Esquema vacinal infantil: 2 doses para crianças que começaram a imunização com a vacina da Moderna.
3. Vacina da Zalika Farmacêutica
- Público-alvo: Indivíduos com 12 anos ou mais.
- Vantagens: Facilidade no transporte e armazenamento, já que pode ser mantida a temperaturas entre 2°C e 8°C, o que amplia o alcance da vacinação em locais de difícil acesso.
O Ministério da Saúde destacou que a inclusão da vacina da Zalika no Programa Nacional de Imunizações (PNI) permitirá maior flexibilidade logística e suporte a regiões com menos infraestrutura.
Como as novas regras impactam a vacinação no Brasil?
A inclusão de grupos prioritários e a atualização das regras de vacinação trazem uma nova perspectiva para a imunização no Brasil. Agora, idosos, gestantes e crianças terão maior acesso às doses, o que pode aumentar a cobertura vacinal e reduzir a gravidade dos casos de Covid-19.
Além disso, a inclusão de vacinas mais fáceis de armazenar, como a da Zalika, deve facilitar a imunização em locais remotos e comunidades distantes dos grandes centros urbanos.
Fonte: Agência Brasil
