Em 2024, as políticas de segurança alimentar e nutricional no Brasil se consolidam com avanços significativos, refletindo o compromisso do governo em erradicar a fome e promover a alimentação saudável em todo o país. Após os desafios enfrentados nos últimos anos, o Brasil busca garantir a segurança alimentar para todos, especialmente para as populações mais vulneráveis.
De acordo com a secretária nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social (MDS), Lilian Rahal, a estratégia do governo é clara: “Acabar com a fome é um ponto de partida para buscar a promoção da alimentação saudável para toda a população brasileira, especialmente para quem mais precisa.” (Fonte: Governo Federal)
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Fortalecimento de programas para combater a fome
Em 2024, programas como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Cozinha Solidária deram um passo importante para enfrentar a insegurança alimentar. O PAA, por exemplo, adquiriu 139 mil toneladas de alimentos de agricultores familiares e distribuiu esses produtos a mais de 12 mil entidades que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade.
O programa também garantiu que 77,9% dos agricultores que forneceram alimentos fossem cadastrados no Cadastro Único, destacando a inclusão social como pilar fundamental da política de segurança alimentar.
Além disso, a versão mais recente do PAA ampliou o apoio a comunidades indígenas e quilombolas, possibilitando que alimentos produzidos nesses territórios sejam distribuídos entre os próprios membros dessas comunidades.
O papel das Cozinhas Solidárias no combate à fome
Criado em 2023, o Programa Cozinha Solidária tem sido uma tecnologia social crucial no combate à fome. Com mais de 900 cozinhas habilitadas até o momento, o programa não só oferece refeições, mas também atua como um ponto de apoio para a promoção da alimentação saudável entre as populações mais necessitadas.
Em 2024, o programa expandiu suas ações, atendendo a situações emergenciais, como as enchentes no Rio Grande do Sul, com um investimento de R$ 5 milhões para garantir refeições a famílias desabrigadas.
Tecnologia no semiárido: O Programa Cisternas
Outro avanço significativo em 2024 foi o fortalecimento do Programa Cisternas, que busca garantir o acesso à água em regiões mais afetadas pela seca, como o Semiárido e a Amazônia. Em um cenário de escassez hídrica, mais de 50 mil famílias foram atendidas com a instalação de cisternas que garantem água de qualidade para consumo e para a produção de alimentos.
O programa já recebeu R$ 1,17 bilhão em recursos, com destaque para a ajuda emergencial a comunidades Yanomami, que receberam R$ 5 milhões para o acesso à água potável.
O futuro das políticas de segurança alimentar
Com o objetivo de ampliar ainda mais o acesso a alimentos saudáveis e água de qualidade, o MDS anunciou uma série de inovações para os próximos anos.
Em 2025, o governo prevê a contratação de mais 50 mil cisternas no Semiárido e a implementação de cisternas comunitárias associadas a bancos de sementes, promovendo a agrobiodiversidade.
A continuidade do investimento em tecnologias sociais adaptadas para povos indígenas e comunidades tradicionais também está nos planos, com a criação de novas iniciativas para garantir o direito à alimentação e à água potável.