A aprendizagem profissional alcançou um marco histórico em 2024, inserindo 647.469 jovens no mercado de trabalho até outubro. Esse número, divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) por meio do Novo Caged, representa o maior registro desde a criação da Lei nº 10.097/2000. Apenas nos primeiros dez meses do ano, 91.621 novos aprendizes foram contratados, um crescimento de 12,29% em comparação ao mesmo período de 2023.
Entre os jovens contratados, destaca-se que 84% estão cursando o ensino médio, e 51,8% são mulheres. A indústria liderou a abertura de vagas, oferecendo 36.480 oportunidades, confirmando sua importância na geração de empregos para os jovens brasileiros.
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Lei da Aprendizagem e sua evolução
Criada para promover a qualificação e o ingresso no mercado de trabalho, a Lei da Aprendizagem foi aprimorada em 2023 para priorizar jovens em situação de vulnerabilidade. Entre os beneficiados estão aqueles retirados do trabalho infantil, egressos de medidas socioeducativas, acolhidos institucionalmente e pessoas com deficiência.
A fiscalização do trabalho tem desempenhado papel fundamental, garantindo a inserção de 85 mil aprendizes no mercado entre janeiro e outubro. “Recentemente, firmamos um termo com uma grande empresa pública, garantindo a inserção de 1.028 aprendizes, sendo que 169 estavam em situação de vulnerabilidade social”, destacou Tais Arruti Lírio, auditora-fiscal e coordenadora Nacional de Fiscalização da Aprendizagem.
Parcerias para ampliar a inclusão produtiva
O MTE também vem promovendo diálogos para fortalecer a aprendizagem, integrando diversas instituições no Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes. Essa iniciativa, em parceria com o Unicef e a OIT, busca desenvolver políticas públicas que ampliem a inclusão produtiva, envolvendo governos, empresas e organizações.
O Fórum Nacional de Aprendizagem, retomado em 2024, reforça o compromisso com a qualificação profissional e a integração segura de jovens no mercado de trabalho.
Futuro da aprendizagem no Brasil
Para 2025, o MTE visa ampliar ainda mais a contratação de aprendizes e elevar a qualidade dos cursos oferecidos. “A aprendizagem é a melhor porta possível para o mundo do trabalho, pois une educação, qualificação, acompanhamento, trabalho decente e futuro”, destacou Magno Lavigne, secretário de Qualificação, Emprego e Renda do MTE.
Com ações articuladas entre o Poder Público, agentes econômicos e sociedade civil, a aprendizagem profissional continua a transformar a realidade de milhares de jovens, oferecendo oportunidades de crescimento e formação para um futuro mais promissor.
Fonte: Agência Gov