A dengue continua sendo uma das principais ameaças à saúde pública no Brasil e no mundo, especialmente em decorrência das mudanças climáticas que intensificam sua transmissão.
Em 2024, o Brasil intensificou suas ações de combate à doença, com investimentos significativos e novas estratégias para controlar a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da enfermidade.
Leia mais: Problemas de coluna podem garantir aposentadoria? Entenda os critérios
O aumento da dengue e o impacto das mudanças climáticas
O aquecimento global tem contribuído diretamente para a expansão das arboviroses, incluindo a dengue. Segundo o relatório global The Lancet Countdown, a doença pode ter seu potencial de transmissão aumentado em até 37% em várias regiões do mundo devido ao aquecimento. A combinação do aumento das temperaturas e mudanças nos padrões de chuva cria um ambiente propício para o mosquito transmissor.
Em resposta a essa crescente ameaça, o Ministério da Saúde do Brasil anunciou um pacote de investimentos de R$ 1,5 bilhão para 2024, visando tanto o controle da doença quanto a educação da população. Este valor será destinado à aquisição de vacinas, insumos para testes, e recursos para o controle de focos do mosquito, além de fortalecer a rede assistencial e mobilizar estados e municípios.
Estratégias e tecnologias de combate à dengue
Entre as medidas mais inovadoras adotadas, destacam-se novas tecnologias, como a ampliação do uso da Wolbachia, uma bactéria que interfere na reprodução do mosquito. Essa estratégia foi testada com sucesso em várias cidades, como Niterói (RJ), onde houve uma redução significativa nos casos de dengue.
Além disso, o governo está implementando Estações Disseminadoras de Larvicidas (EDLs) e a técnica do Inseto Estéril Irradiado, especialmente em áreas de difícil acesso, como aldeias indígenas.
Essas tecnologias complementam ações tradicionais, como a borrifação residual intradomiciliar e o uso de drones para monitoramento das áreas de risco.
O trabalho conjunto entre governo e população
Além das ações do Ministério da Saúde, os governos estaduais e municipais também estão mobilizados. O governo federal tem atuado de forma tripartite com os estados e municípios, garantindo que todos os recursos necessários cheguem às áreas mais afetadas.
O Dia D, realizado em março e dezembro de 2024, teve grande importância na conscientização da população sobre a necessidade de eliminar os focos do mosquito.
O combate à dengue também depende da colaboração da população. Medidas simples, como a limpeza de áreas propensas ao acúmulo de água, podem prevenir a proliferação do Aedes aegypti. A conscientização é essencial para que todos possam contribuir ativamente no enfrentamento da doença.