Em 2024, o programa federal Pé-de-Meia alcançou um marco significativo ao beneficiar mais de 3,9 milhões de estudantes do ensino médio de escolas públicas.
Lançado no início do ano, o programa visa combater as desigualdades educacionais no país, oferecendo apoio financeiro e educacional a jovens de famílias em situação de vulnerabilidade.
Com um investimento anual de R$ 12,5 bilhões, o Pé-de-Meia é considerado a maior política de combate à desigualdade social do Brasil, logo após o Bolsa Família.
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Como funciona o programa?
O Pé-de-Meia oferece um total de R$ 9,2 mil por aluno durante o ensino médio. O benefício é destinado a estudantes matriculados em escolas públicas e que estão inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico).
O incentivo inclui um pagamento mensal de R$ 200, além de um depósito de R$ 1.000 ao fim de cada ano letivo concluído com sucesso. O valor acumulado durante os anos de estudo fica disponível para saque após a formatura.
Além disso, os estudantes que participam do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) recebem um bônus adicional de R$ 200. O programa visa não apenas melhorar a permanência dos estudantes na escola, mas também motivá-los a continuar seus estudos.
Resultados e impactos regionais
Em termos de distribuição, o estado de São Paulo lidera o número de beneficiados, com 538.604 estudantes. Outros estados com grandes números de beneficiados incluem a Bahia (410.639), Minas Gerais (351.666) e Ceará (285.502).
Esses números refletem a abrangência do programa, que atende a jovens de diversas regiões do Brasil e ajuda a reduzir a desigualdade no acesso à educação de qualidade.
Desafios e perspectivas futuras
O impacto do Pé-de-Meia também se reflete nos dados sobre evasão escolar. De acordo com uma pesquisa do Unicef, 48% dos adolescentes abandonam os estudos para trabalhar e ajudar no orçamento familiar.
O programa surge como uma resposta a essa realidade, oferecendo um incentivo para que esses jovens se mantenham na escola, com o suporte necessário para sua formação.