Pessoas com deficiência (PCDs) e neurodivergentes enfrentam desafios profundos no mercado de trabalho. Apesar de avanços em políticas de inclusão, barreiras como preconceito e falta de compreensão ainda são frequentes.
Pesquisas recentes revelam dados alarmantes sobre a experiência desses profissionais nas empresas, expondo a necessidade de maior sensibilização e mudanças estruturais.
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Capacitismo: um obstáculo persistente
Uma pesquisa recente mostra que oito em cada dez PCDs ou neurodivergentes se sentem prejudicados no trabalho devido à sua condição. Além disso, 90% relatam ter enfrentado situações de capacitismo no ambiente corporativo, demonstrando que o preconceito ainda é uma realidade comum.
Embora muitas empresas promovam campanhas de diversidade, a prática muitas vezes fica aquém do ideal. Esse cenário reflete um mercado que ainda precisa aprender a valorizar plenamente o potencial de PCDs, superando estigmas.
O silêncio diante do preconceito
Apenas 35% dos PCDs que sofreram preconceito comunicaram o ocorrido aos empregadores, destacando um medo significativo de represálias ou descrença em ações corretivas. Entre aqueles que decidiram relatar, somente 18% sentiram-se totalmente acolhidos pelas chefias.
Esses números evidenciam a importância de criar canais seguros e confiáveis para que os trabalhadores possam relatar suas experiências sem medo de retaliações.
Promoções negadas e falta de reconhecimento
Quase metade dos entrevistados (49%) acredita que já foi preterida em promoções devido à sua condição. Esse dado reforça a necessidade de um olhar mais atento para os processos internos de crescimento profissional, garantindo que critérios como desempenho e habilidades prevaleçam sobre preconceitos.
Empresas inclusivas devem ir além da contratação de PCDs, investindo em capacitação contínua e reconhecimento justo para esses profissionais.
Caminhos para a inclusão efetiva
Para superar essas barreiras, é fundamental que empresas adotem medidas práticas, como treinamentos sobre diversidade e a criação de ambientes que valorizem a equidade.
Investir em cultura organizacional inclusiva beneficia não apenas os PCDs, mas toda a equipe, promovendo inovação e produtividade.
Fonte: Valor Econômico