O Programa Bolsa Família (PBF) tem se destacado não apenas como uma ferramenta de combate à pobreza, mas também como um aliado crucial na saúde pública brasileira.
Um estudo publicado na Nature Medicine revelou que o programa foi responsável por reduzir significativamente a incidência e a mortalidade por tuberculose entre as populações mais vulneráveis.
A pesquisa, conduzida por cientistas internacionais, analisou dados de mais de 54 milhões de brasileiros entre 2004 e 2015, comprovando que o impacto do Bolsa Família vai muito além da transferência de renda.
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Uma arma contra a tuberculose
A pesquisa analisou beneficiários do Bolsa Família e comparou os dados com informações do Cadastro Único (CadÚnico), do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM).
Entre os mais de 54 milhões de brasileiros avaliados, 43,8% recebiam o benefício. Os resultados indicaram uma queda de mais de 50% nos casos de tuberculose entre pessoas extremamente pobres e de 60% entre povos indígenas.
O estudo aponta que essa redução está diretamente ligada à melhoria nas condições de vida proporcionada pelo programa.
Benefícios que transcendem a renda
Os autores da pesquisa enfatizam que os efeitos do Bolsa Família vão além do alívio financeiro. O acesso facilitado a alimentos, melhores condições de moradia e o aumento da presença em serviços de saúde e educação criam um ambiente propício à redução de doenças infecciosas.
“Este estudo reforça a importância de programas de transferência de renda, como o Bolsa Família, não apenas no combate à pobreza, mas também na promoção da saúde pública,” afirmou Davide Rasella, um dos autores do estudo.
Pesquisa robusta e colaborativa
A pesquisa foi desenvolvida com a colaboração de instituições renomadas, como o ISGlobal de Barcelona, o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, o Cidacs da Fiocruz Bahia e a Fundação “La Caixa”.
Os dados demonstram que políticas de transferência de renda podem transformar a saúde pública.
Fonte: Governo Federal