Em 2025, cerca de 12,2 milhões de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) terão um reajuste de 4,77% nos seus benefícios.
Esse ajuste é com base na variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e reflete a inflação de 2024 para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos.
Leia mais: Mudanças no teto de juros do consignado do INSS em discussão
Quem será afetado pelo reajuste?
O reajuste de 4,77% beneficiará aposentadorias, pensões e auxílios de segurados que recebem acima do salário mínimo. Com isso, o valor do teto pago pelo INSS, que atualmente é de R$ 7.786,02, passará a ser R$ 8.157,40.
Para garantir que a correção chegue de forma correta a todos os beneficiários, o INSS organizará o pagamento para os cinco primeiros dias úteis de fevereiro de 2025.
Os beneficiários serão divididos em grupos, conforme o final do número do cartão de benefício.
O que muda para quem recebe o piso nacional?
Aos segurados que recebem o piso nacional, que foi fixado em R$ 1.518 em 2025, o reajuste será de 7,5%, incluindo um ganho real além da inflação.
Este aumento é resultado de uma política adotada pelo governo federal, que leva em consideração a inflação acumulada até novembro de 2024, além de um ganho real limitado pelo novo arcabouço fiscal aprovado pelo Congresso Nacional.
Impactos financeiros do reajuste
Esse reajuste representará um custo adicional de R$ 1,4 bilhão ao orçamento do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). De acordo com o especialista Leonardo Rolim, os benefícios acima do salário mínimo representam 56,3% da despesa total do INSS, e a correção desses valores aumentará o gasto previsto para o ano.
Além disso, o especialista aponta que outras despesas do INSS, como as Requisições de Pequeno Valor (RPV), também foram subestimadas no orçamento do governo, o que pode resultar em um gasto maior do que o planejado.
Conclusão
Com o reajuste de 4,77%, os aposentados e pensionistas do INSS que recebem acima do salário mínimo sentirão uma correção em seus benefícios em 2025.
Embora a medida traga alívio financeiro para muitos segurados, também traz desafios para o orçamento do INSS, refletindo a crescente pressão sobre as despesas da Previdência Social.