O Ministério da Saúde deu início a uma ampla mobilização para reforçar o combate à dengue e outras arboviroses em quatro estados brasileiros: Espírito Santo, São Paulo, Acre e Paraná.
Com equipes técnicas enviadas a essas regiões, o objetivo é fortalecer a vigilância epidemiológica, organizar serviços de saúde e apoiar a população local. A medida surge em meio ao aumento de casos registrados em 2024 e ao alerta para o crescimento das infecções em 2025.
As ações, que incluem visitas a municípios estratégicos, buscam antecipar os esforços preventivos para o período sazonal da doença, destacando a importância da educação em saúde e da eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti.
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Missões estratégicas: cidades prioritárias
As equipes do ministério iniciaram as visitas nesta segunda-feira (13), com paradas previstas em Vitória (ES), São José do Rio Preto (SP) e Rio Branco (AC). Na terça-feira (14), será a vez de Foz do Iguaçu (PR).
A escolha dessas localidades reflete a situação epidemiológica alarmante em cada estado, com números elevados de casos prováveis de dengue.
Em São José do Rio Preto, por exemplo, foram registrados 1.834 casos prováveis até agora em 2025. Já Foz do Iguaçu, no Paraná, notificou 91 casos este ano, enquanto Rio Branco, no Acre, contabilizou 212 casos no mesmo período. Em Vitória, o número chega a 247 casos até o momento.
Investimentos e monitoramento contínuo
Desde 2023, o Ministério da Saúde tem mantido um monitoramento rigoroso da dengue e de outras arboviroses. Com um orçamento de R$ 1,5 bilhão destinado às ações de combate, a pasta estabeleceu o Centro de Operações de Emergência (COE) para acompanhar e responder rapidamente às necessidades regionais.
O foco está na prevenção e no controle da proliferação do mosquito transmissor, incluindo campanhas de conscientização e ações integradas com estados e municípios.
Cenário preocupante para 2025
Dados preliminares do Ministério da Saúde indicam que a incidência de dengue deverá aumentar em seis estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Tocantins, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Esses estados estão sob vigilância reforçada, com medidas preventivas sendo intensificadas para evitar um agravamento da situação.